25 de set. de 2015

Intimidade e não religiosidade


Estive meditando sobre algo que quero compartilhar com vocês. Tenho pensando no quanto é possível que sirvamos a Deus, sejamos assíduos nos cultos em Sua casa, tenhamos nosso devocional religiosamente feito todos os dias, mas, a despeito de tudo isso, não tenhamos intimidade com Deus e não nos relacionemos com Ele no nível profundo que deveríamos nos relacionar.

No Salmo 50 o Senhor declara que Ele não tem necessidade de nenhum novilho dos estábulos, nem dos bodes dos currais, pois todos os animais são dEle, assim como o mundo é dEle e tudo o que nele existe. (Salmos 50:9-10,12). Esse Salmo soa como um despertar de Deus ao Seu povo, que observava a lei e oferecia a Deus tantos rituais, viviam tanta religiosidade, mas talvez não vivessem o mais importante, o relacionamento, a profundidade que Deus ansiava que Seu povo tivesse com Ele. 

É comum sermos tentados a nos orgulharmos daquilo que fazemos para Deus, seja no ministério ou em nosso tempo devocional com Ele, mas jamais podemos esquecer que, como está escrito neste Salmo, tudo é dEle, e não há nenhum mérito ou glória em nós mesmos.

E após essas palavras, o Senhor nos adverte quanto à três coisas que espera de nós: “Ofereça a Deus em sacrifício a sua gratidão, cumpra os seus votos para com o Altíssimo, e clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei, e você me honrará." (Salmos 50:14,15).

Você prestou atenção? Deus quer que no dia da sua angústia, você clame a Ele! Quando estamos angustiados, atribulados, passando por adversidades, a primeira pessoa que devemos buscar é Jesus! Há pessoas que, quando precisam de algo, recorrem primeiramente às outras pedindo oração, ou correm para desabafar seus problemas, mas devemos ter como prioridade buscar a Deus, irmãos, orando a Ele, e imediatamente entregando toda angústia de nossos corações!

Não há nada de errado em pedirmos oração a nossos irmãos e dividirmos nossos fardos, Deus se agrada que nos unamos em nossos propósitos, mas somos os primeiros responsáveis por apresentarmos nossas dificuldades diante de Deus, antes que esperemos apenas de outros.

Isso também envolve relacionamento com Deus! Se apenas os outros oram por nós e pelas nossas causas, é certo que nossa relação com Deus é superficial e jamais viveremos a plenitude do que Ele tem pra nós enquanto não nos posicionarmos.

Davi entendeu muito bem o que Deus esperava dele. Ele sabia que, apesar de observar a lei, o sacrifício, por si só não bastava. Ele deveria ter um relacionamento sincero com Deus, e um coração quebrantado e corrigível: “Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não eu os traria. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” (Salmos 51:16,17).

Deixemos Deus nos conduzir, deixemos Ele quebrar nossos grilhões, romper com nossos rituais, e permitamos que, enquanto O buscamos e O adoramos, Ele retire nossos excessos e acrescente tudo aquilo que nos falta, a fim de que estejamos mais próximos do que Ele espera ver em nós.

Que Deus nos abençoe e nos leve a um nível muito mais profundo!

Priscila Grah

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